sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Instituto Nacional de Tecnologia desenvolve processos químicos verdes para indústrias nacionais

SÃO PAULO [ ABN NEWS ] — A Química Sustentável, ou Química Verde, é denominada nas últimas décadas, é foco de uma ampla atuação do Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT). Os trabalhos atendem à demanda industrial – especialmente nos setores energético e petroquímico – por investimentos em negócios sustentáveis de grande impacto econômico, ambiental e social.

A atuação do Instituto, desenvolvida em seus laboratórios da área de Catálise e Processos Químicos, concentra-se no desenvolvimento de processos químicos que utilizam matérias-primas renováveis, em substituição às de origem fóssil, como o petróleo. Os processos desenvolvidos e patenteados geram produtos químicos para produção de resinas, plásticos e solventes usados em tintas, adesivos e revestimentos.

De grande interesse comercial, esses produtos “verdes” – entre eles, acetato de etila, ácido acético, ácido lático, propeno e compostos furânicos – adquirem maior valor agregado ao serem obtidos a partir de biomassa e podem tornar a indústria química brasileira mais modernizada e sustentável. O desenvolvimento tecnológico nessa área pode ainda conduzir o Brasil ao papel de um relevante receptor de investimentos no mercado internacional de carbono.

O interesse é grande. Os projetos do INT em curso nessa linha têm recebido investimentos significativos e atraído a atenção de importantes empresas de grande porte e líderes no setor.

Quanto aos processos para atender à crescente demanda por energia limpa, destaca-se a produção de hidrogênio para células a combustível. A motivação é o baixíssimo nível de emissões no uso do hidrogênio. O foco dos estudos do Instituto é ter essa produção distribuída, com estações de abastecimento locais capazes de gerar hidrogênio através de reformadores de pequena escala.

As tecnologias desenvolvidas e patenteadas pelo INT envolvem o beneficiamento de diferentes insumos verdes para obtenção do hidrogênio, principalmente o etanol, o glicerol co-produzido com o biodiesel e o bio-óleo derivado da pirólise de biomassa. O processamento desses diferentes insumos pode ser feito localmente em função das matérias-prima disponíveis em cada região do Brasil. Os esforços do Instituto nessa área têm sido apoiados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia através da Rede de Hidrogênio e Combustíveis, da qual participam ainda outras 14 instituições brasileiras com a liderança.

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